(escrito originalmente em abril de 2007, também sob o cheiro de gasolina e pipoca da cidade maravilhosa)
Ouvi sobre uma francesa. Me lembro que falava espanhol, mas, se não me engano, era francesa. Essa moça conheceu um brasileiro que perambulava pelo seu país, um brasileiro que se apaixonou por ela. E toda sua vida passada (meus tão intransponíveis obstáculos) não passou de lembrança bonita pra enriquecer sua história presente.
Conta-se que ele voltou pro Brasil, mas que seu coração continua
perambulando pelo país da moça, a moça que falava espanhol, mas que, se não me engano, era francesa. A moça pela qual o rapaz se apaixonou.
Isso eh realmente possível, meu deus?!
Conta-se, na verdade, muita coisa, muitas histórias diferentes e nunca, nenhuma, se parece com a minha. Nenhuma me parece possível.
A minha história, a minha sina, creio que seja mesmo preencher alguns espaços vazios, por um tempo determinado, viver paixões fugazes; verdadeiras, mas intermediárias.
E me dói também, é verdade, unicamente dançar sobre a história das pessoas, levar só um pouco de música, só um pouquinho de cor, pois assim como entro, saio, rodopiando na ponta dos pés pra não deixar marcas, pra não machucar, pra não fazer alarde.
Mas que saco esse meu desejo incessante, infantil e fraco, de que apareça um homem pra me amar loucamente, um homem feito pra cuidar de mulher forte.
Talvez minhas tardes sejam pra sempre azuis, e não hajam assim tantos desejos.
Por Anita Petry
Um comentário:
Lindona, é difícil.
Essa coisa de paixoes fugazes mas verdadeiras é o mais comum, o mais provável. Mas, um dia, você vai ver, vai encontrar um cara que vai colorir todas as tuas tardes e noites e madrugadas. Mas, enquanto ele nao aparece, curte as histórias dos outros. hehehe Elas sao, ao menos, inspiradoras, né?
Muitas saudades da minha amiga Tita!!! Te amo.
Marieta
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