segunda-feira, 28 de abril de 2008

A Primavera Chegou...


Nao tenho muito o que cantar, apenas ares mais leves me passeando pelos pulmoes.

Muitos compromissos. Musica bonita, convites especialissimos, pessoas novas, beijo na boca.
Quilinhos a menos, cartao de visita, pera de manha, palavra sincera. Felicidade instantanea.

(calmaria, carinho, cuidado)

Eu comprei o efervescente, dilui no copo d'agua, e mandei goela abaixo um desejo de paz muito grande, uma sede de calmaria, um pedido de mais forca, aquele sopro de vida que me fazia tanta falta...

E eh pra isso mesmo que continuo na labuta. Preciso, desejo .c.a.l.m.a.r.i.a. .d.e. .l.a.g.o.a.

O calor do sol, ainda incerto, inseguro, oscilante, ha de manter tanta novidade (em tantos sentidos!) florescendo.

Hoje, atravessando a praca de todo dia, chegando na faculdade, uma surpresa maravilhosa me acordou o olhar, anestesiado de trem. A grama estava verde. Ate flor tinha na praca antes cinza, umida, escorregadia.

A primavera chegou e me desatino a se-la de manha, de tarde e de noite. Mas tem uma voz que ainda me acorda o peito, anestesiado de outros amores. Uma voz que nao me toca, mas ainda assim desequilibra, entontece.

Chego a me lembrar do inverno...

"Nao desanima, moca!" Amanha eh terca-feira, mas, como todo amanha, nao deixa de ser um novo dia.



Por Anita Petry

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Eu estou bem.


Mas o espelho nao eh o mesmo todos os dias.

sábado, 12 de abril de 2008

Mais calma


A mare baixou.
O mar, antes tenso, tempestuoso, agitado, brabo, agora parece uma lagoa.
O meu peito, sem receio, se derrama nessa lagoa como quem se deita sobre uma cama pra esperar a cura vir.

No meu cantinho, mais calma, mais alegre.
O sol saiu e vi que ele sempre esteve la.
Se tem sombra, tem sol.

Outro dia me peguei propagandeando o Brazilian Reggae.
Engracado.
Eh cada uma...

"Ohhh... Natiruts reggae power chegou..."

:o)



Por Anita Petry

terça-feira, 1 de abril de 2008

Essa semana ta foda... (mas eu sei que passa!)


O chao escorregou de repente!
Cade o chao, porra?!
Parem olhos, glandulas, seja la o que for! Eu nao quero chorar agora.

Nao!

To tao longe… Que medo estranho, forte, real.

[Da ate falta de ar]

Nao tem Asa Norte, Beiras, teatro candango universitario; amigos, amores, historia.
Gosto de passear pelos caminhos que a vida aponta, mas tem hora que o incerto, o desconfortavel, o novo da tanto medo. Tem hora que cansa.

Tem hora que eu quero dizer “altas!” e bater um papo com os meus amigos, tomar umas com a Eta, dar umas risadas com a Lia, trocar confidencias com o Fernando!

Tem hora tambem que quero ir ao Beirute, ver que estou no meu lugar, conhecer as pessoas que estao em volta, me sentir livre por conhecer a cidade toda (em vez de presa), desfrutar do prazer futil de minha popularidade barata. Sim, ela me deixa mais segura.

[Parece ate falta de ar]

Chega de Corona! Eu quero Antartica!

Eh comico, eu sei.
Mas, convenhamos, estou sozinha no meu quarto, bebum, ouvindo musica brasileira e… longe. To me sentindo tao longe agora. Longe da pele dos meus irmaos tao lindos, longe do cheiro da minha mae, do sofa da varanda, da garagem quente por causa do ar que vem da rua.

Saudades da rua tambem, do CEUB, do Manara, da W3.
Saudades de ter saudades do Lago Norte! Saudades da saudade gostosa, saudavel que o desenrolar da vida faz a gente sentir.

[Que falta de ar…]

“Help! Eu preciso sambar..”
Acho que vou ouvir essa musica agora.



Por Anita Petry