sexta-feira, 13 de junho de 2008
...frio, de tao frio, as vezes queima...
Um pouquinho de sofrimento eh tao gostoso, ne?
Hoje coloquei uma musica pra tocar no meu computador, nas caixinhas-presente do amor novo e sadio que arrumei perambulando pela cidade-letreiro, pra sofrer um amor velho e doente.
Sofrer amor velho e doente eh como voltar pra casa. Eh como, de repente, se reconhecer em meio a uma felicidade serena.
"Credo, estranha!"
A gente se ve de novo, se lembra, se chora. Me achei nesse sofrimento, nessa saudade, na historia que eu um dia construi, obviamente sozinha, e unicamente dentro de mim.
Mostrou que carrego aquela mesma Anita comigo, nao importa por que continente bata pernas, papos, palmas.
Que alivio achar eu mesma dentro de mim. Obvio e inesperado.
“Vou sofrer um pouquinho no banheiro e ja volto pra sala, tudo bem, meu amor?”
Como essa musica me finca. Ela quase me sua. Sua.
“Filha da puta!” (eh que no Brasil, mesmo quando eh homem, a gente fala “filha”).
Sofrer dores antigas eh como aliviar o desespero que se tem por desconhcer as futuras.
Por Anita Petry
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5 comentários:
Linda, consigo escutar cada palavra saindo da sua boca. Ler o texto foi como te ouvir falar. Adorei.
Meu amor.
Sei exatamente o que sentes. Lembrar das dores antigas, das marcas, das cicatrizes... Lembrar de ti. O prazer das lágrimas que escorrem em um banheiro qualquer.
Como explicar o inexplicavel para as pessoas comuns?
Estranhos são mais interessantes. Neuroses. Mágoas. Amores perdidos. Fugas Necessárias. E seguimos com as nossas dores. Essas que deixam a gente mais interessante. Mais madura. Mais mulher. Mais Anita.
O melhor de sofrer pelas dores antigas é saber onde a fisgada começa e termina. Termina? Continua. Continua contínua dentro do nosso coração marcado.
E que as novas venham. E que o nosso medo suma. E que tudo passe logo pra gente ficar mais bonita e mais Anita.
Te amo
Ah, que delicia!
Adorei.
Tambem senti e entendi tudinho - acho que as vezes a gente precisa lembrar que alem do tranquilo entra-e-sai do ar de agora, ja teve muito bufar. E que somos capazes. Estamos vivas!
Enfim, to tentando recontar o que ja contou muito bem, me contenho entao a comentar: adorei.
Beijos,
Juja
Arrasou!!!
Já eu, quando procuro dores antigas e não encontro, recorro à técnica do armário: coloco pra tocar QUALQUER disco da Bethânia da década de setenta e entro no armário. Aí eu choro. Choro, choro, choro feito criança. Se não havia dor inicial, as dores adormecidas começam a desfilar e eu escolho a que mais me convém e choro um pouco mais.
A música acaba e em questão de segundos estou ótimo.
Ser estranho é tão bom...
Eu tenho saudades de vc, sua peste!
Precisamos de clips novos!
:D
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