quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
Suddenly invading me...
Life scares me. Love scares me. Of all, happiness frightens me the most.
Is happiness really good? Whoever said that?
I don’t know how to be content.
I can’t relax. And can’t let go either.
My stomach hurts, my heart speeds up like a bullet, and here I am, sipping cheap whisky, listening to music:
The blue metronome of my discontent.
While happiness frightens me, music pierces me the most. I purse my lips, and breathe in deeply, in a sole, unprotected tremble.
Carlos Gardel keeps playing his beautiful music, as if my world was not being demolished under my feet.
The alarm clock goes off.
I get up and forget who I am.
Anita Petry
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Ainda bem que aqui é permitido inventar.
"Como a gente é esquisito!"
Uma mulher com vagina.
Um homem com pênis.
"Por que ele é mais alto do que eu?"
E aí inventamos calças, mochilas,
chapéus e bolsos!
Hoje, no trem, tinha uma mulher parecida com a Ivete Sangalo.
Ela folheava uma revista de viagem.
Eu nunca fiz um cruzeiro e aquela revista me deu vontade de fazer um.
"Tá tão frio."
Tá desagradável. Tá doendo, queimando,
embranquecendo e depois avermelhando.
Tá frio mesmo.
"Sabia que no mar, ou seja, no cruzeiro, faz sempre sol? É sempre bom."
E aí a gente inventou o casaco. Ainda bem.
Anita Petry
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