Chegou a música do lado de cá,
Confortante aquela que não é de todo canto,
[do trem, do pátio, do Square]
Aquela que cala a gente,
Que silencia o monte.
Aquela que quebra
A quizumba do bonde.
A música do meu canto.
Iracema da América que sou.
Iracema que pena
Que segue, que ouve.
"Voa, Iracema!"
As palavras se perdem
As referências se esvaem
"Mas voa, menina!"
Agarra as raízes
Que assim elas não caem.
"Mira o céu!"
O mesmo céu de teus amores,
Mas olha pro chão; não tropeça!
Como é burra,
É burrinha.
Não faça assim, Iracema.
Vai-te com o vento.
Eu te mando a melodia atrás.
E prometo que chega a tempo.
Por Anita Petry
2 comentários:
Adorei, linda! Eu tô mais pra Ceci de Peri do que pra Iracema...
Só falta o Peri saber disso! Tenho que avisá-lo!
Gostei do "olha pro chão! Não tropeça!" É isso mesmo, amiga. Não tropeçar... ou, pelo menos, tentar não tropeçar.
Acho que tá na hora de inventar uma palavra que substitua "saudade"... senão fico repetitiva.
Beijos da Eta, tão longe e tão perto de ti!
Lindo, lindo, Anita!
Postar um comentário