domingo, 7 de dezembro de 2008
Domingo.
Tá, agora eu vou escrever.
Tem que ser assim; se a vontade de escrever não vem, a gente se senta em frente ao computador, respira fundo e bota os dedos pra trabalhar.
E se eu não escrevo é porque pra isso há também um motivo. Ok, como pessoa sã que sou, lidarei com esse motivo, mesmo que aparentemente o desconheça.
Sonhei muito essa noite. Tive saudades do ex-namorado (como isso assombra!), ansiedade de ir ao Brasil, lembrei muito da Eta (com todo o amor que sempre me lembro), mas não me lembro dos sonhos especificamente.
Ontem à noite nevou. Conheci um rapaz que caminhou comigo até a estação de trem. Ele tinha sentado ao meu lado durante a peça e a gente bateu um papo. Acho que ele gostou de mim.
Me convidou pra assistir a um espetáculo da Pina Bausch e dei meu telefone pra ele. Bamboo Blues. Eu já estava louca pra ver.
Agora trabalho, saio do meu Brasilzinho (o meu quarto), paro de ouvir Olodum, e vou pra uma casa de algum milionário em Manhattan (Upper East Side) pra animar a festa da filha.
Pesquisa antropológica que me rende uns trocados.
Bom, morar em Nova Iorque já é, por si só, uma pesquisa constante.
Agora já não neva mais.
E não sei o que eu queria.
Onde você foi ontem à noite?
Tanta gente me ligou.
Você não vai chorar?
Ele se lembrava tanto dela...
Vamos pra piscina?
Eu não tenho um Ipod e sinto que isso é a minha maneira de fazer a música, e os momentos que decido passar em sua
companhia, sagrados.
Do you still have my picture?
What did you do to my picture?
Ela não era verdadeira. Nunca. Sempre dissimulava, em palavras estrangeiras, qualquer bobagem que não lhe era prazerosa.
A gente sempre quer se mostrar bem pros outros e a foto casual acima só está ali porque me achei bonita nela mesmo e queria que os outros pensassem o mesmo que estou bonita ou pensassem que eu sou bonita sempre e não só nessa foto queria que pensassem que eu escolhi essa foto sem muito pensar ou porque eu gosto da cor da luz do fato de estar de calcinha e não parecer vulgar do fato de ser um auto-retrato enquanto é só vaidade vaidade que todo mundo tem mas que cada um mostra ou lida de um jeito...
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2 comentários:
Guapa!!!
Gostei!
Trabalhamos com sinceridade.
Muitas saudades. Demais até. Chega dói. É ruim mas é bom.
Assim, pelo menos, me sinto viva.
Te amo.
Adoro quando é assim, espontaneo e sincero! Como tenho saudades das nossas conversas... Ex namorado, ralação pra trabalhar...rs Como a vida pode ser igual para tantas? Bom, adorei a foto!
Esta´linda, é linda sempre! dentro, fora, de cabeça pra baixo!
saudade
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